segunda-feira, 11 de abril de 2011

FEUDOS

As grandes propriedades rurais da época medieval, os chamaodos feudos, eram divididas em três categorias de terras. A primeira - que englobava a maior parte do solo cultivável - era o chamado manso senhorial, onde tudo o que se produzia pertencia ao senhor feudal, o dono da fazenda. Os servos trabalhavam em todas as terras, mas só podiam tirar seu sustento dos minúsculos lotes que formavam a segunda categoria de terras, o manso servil. Por fim, os bosques, florestas e pântanos eram coletivos - ou quase isso: os animais maiores só podiam ser caçados pelos senhores. Apesar de costumarmos chamar esse tipo de propriedade de feudo, os especialistas alertam que esse não é o termo mais correto. "A palavra ‘feudo’, utilizada pela primeira vez no século IX, designava qualquer bem dado em troca de alguma outra coisa", diz a historiadora Yone de Carvalho, da PUC de São Paulo. Portanto, na Idade Media, feudos eram todos os bens e tributos trocados entre nobres - incluindo aí as propriedades, que eram mais conhecidas como senhorios. Esse sistema de trocas regulava todas as relações entre os nobres medievais. Por exemplo, um nobre ganhava o título de senhor quando dava um pedaço das suas terras a outro nobre, chamado de vassalo. Esse vassalo, por sua vez, podia cobrar uma espécie de aluguel sobre seu moinho, tornando-se senhor também.
Os barões tinham em média 225 hectares de terra. Os principais produtos cultivados nos feudos eram: cereais, carnes, leite, armas e ferraduras, tecidos e utensílios domésticos. Eram divididos basicamente em três grandes áreas: campos abertos, reservas senhoriais e mansos servis.
Os campos abertos ou terras comunais correspondiam aos bosques e pastos de uso comum, em que os servos podiam recolher madeira, coletar frutos e soltar animais, mas a caça era proibida. As reservas senhoriais eram terras exclusivas do senhor feudal, logo, tudo que era produzido nessas terras pertencia ao senhor feudal. Por fim, os mansos servis que eram utilizados pelos servos para que os mesmo tivessem seu sustento.
Outra prática econômica era a servidão que os camponeses, embora livres, tinham que prestar serviços para os senhores feudais em troca de moradia e proteção. Além da prestação de serviços, os servos possuíam outras obrigações para com os seus senhores, como por exemplo: tinham que pagar a corvéia, que basicamente era o trabalho gratuito nas reservas senhoriais , cerca de 3 a 5 dias na semana; tinham a obrigação de pagar a talha ao senhor , ou seja, eles deveriam entregar parte de sua produção agrícola e pastoril; pagavam pelas ferramentas que usavam; pagavam também a mão-morta , que era quando o chefe da família morria; e, como se já não bastasse tudo isso, não podemos esquecer os 10% do dízimo, afinal, a igreja também retirava sua parcela de lucro.
Como já deu pra perceber, o que restava aos camponeses é muito pouco, isto é, se é que restava alguma coisa. Como eles não se alimentavam bem seu corpo ficava debilitado facilitando a contaminação por doenças, como a peste negra. Isso fez com que milhares de pessoas morressem. Como era um feudo na Idade Média?
Em resumo, o dono de um "feudo" - ou melhor, senhorio - obedecia a seu senhor, mas também tinha seus vassalos. Para facilitar, o "feudo" que retratamos ao lado é o mais simples possível, com apenas um dono e seus servos.

Leonardo Trapp e Willian Mateus Borba         T: 81

Um comentário:

  1. “A palavra ‘feudo’, utilizada pela primeira vez no século IX, designava qualquer bem dado em troca de alguma outra coisa”, diz a historiadora Yone de Carvalho, da PUC de São Paulo. Portanto, na Idade Média, feudos eram todos os bens e tributos trocados entre nobres – incluindo aí as propriedades, que eram mais conhecidas como senhorios.

    NAVARRO, Roberto. Como era um feudo na Idade Média? Disponível em:

    . Acesso em: 1º- nov. 2019.

    Da palavra “feudo” originou-se o termo “feudalismo”, que está relacionado ao sistema vigente na Europa ocidental durante a Idade Média, quando prevalecia:

    a. a economia monetária, com o predomínio da atividade comercial.

    b. a produção de subsistência, com dependência da produção agrícola local.

    c. o desenvolvimento da prática agrícola com intercâmbios e trocas frequentes.

    d. a comercialização do excedente agrícola com circulação corrente de moedas

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